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quinta-feira, 29 de março de 2012

Poema Torto


Desculpe meus defeitos:
Eu não sei mais não ser eu.
Eu nem sei mais o que é perfeito
Quando estou com você.

É tão justificável te amar
E ao mesmo tempo tão sem cabimento,
Só não encontro em mim mesma
O meu próprio merecimento.

Será que é melhor então
Ver você em todas as coisas,
Ou tirar a conclusão
De que todas as coisas são você?

Não se engane comigo faceira
Não sou mais que plebéia esperta!
Pra um príncipe que esperei
Treinei ter minha vida aberta.

Dancei bem na minha mente,
Sorri bem na minha cabeça,
Servi bem nos meus devaneios,
Encantei bem nas minhas ilusões,
Beijei bem nos meus –e teus – sonhos.

Fiz bem de querer-te pra mim,
De te roubar a juventude,
De te roubar a maldade,
De ganhar teu coração,
De te dar toda força e guinada
Pra dar asas à paixão.

Mas que paixão é essa
Que agora me desola?
Pra que ficar sozinha quando me quer
E, por mais que coincidência,
Quero-te também, com força?

Que paixão é que desola?
Que paixão que não o faz?
Meu coração confuso
Está que não se satisfaz.
Quando, por alegria, vieste
Deixou-me um pedaço teu

Mas mandei pra sua viagem,
Pra que se acabe devagar,
O jóia que mais prezei,
A minha vida pra cuidar.
Mandei pra ti nada menos
Que meu coração com o amor meu.


quarta-feira, 21 de março de 2012

Who Knew

 
Se eu tivesse mais lágrimas pra chorar, pelo menos... Doeria menos, tirava o acúmulo.

Há tanto tempo eu não chorava. Tanto tempo. Acho que agora, só você mesmo poderia causar isso. Sei bem que meus textos geralmente só saem entre a névoa das lágrimas, mal enxergando, mal pensando. Sei também que me forço a pensar e me sentir pior ouvindo aquelas músicas... Você nem sabe quais são. Eu penso em você ainda, sabe. Não da forma que eu queria, mas as músicas me lembram você. Eu acho que eu sou é muito sensível, sou fraca. Qualquer pessoa normal passaria numa boa por uma situação como essa. Mas eu reconheço, não consigo, não esqueço, não me desprendo.
 Eu acreditei mesmo em tudo, eu não estava brincando. A culpa foi minha? Muitas partes. Mas o que aconteceu? Quando é que você ficou assim? Eu te conhecia tão bem, eu sabia tudo sobre você e te amava sobre tudo e sobre todos – todos os seus defeitos, inclusive. Eu te protegeria de tudo, eu estaria sempre do seu lado, eu teria alguém pra estar do meu lado também. Mas parece que você não precisa mais de mim, você não é tão dependente assim... E eu pensando que era útil. Mas quando alguém diz pra mim – promete pra mim – coisas como “pra sempres” e “nuncas” eu tendo a acreditar. Que bobinha que eu sou... Sei que isso é falado da boca pra fora, não se usa o sentido literal desse tipo de palavra. Mas eu acredito. Devo ter idade mental de 5 anos, porque acredito em todos os finais felizes e nas histórias que todo mundo me conta.
Mas sabe o que machuca? Ter sido tão extremo, tão de repente. Tão indiferente. Preferiria se me odiasse. Preferiria se discutisse, se me batesse, se me ameaçasse. Mas nem isso você fez por mim. E porque os altos e baixos? Eu sempre vou acreditar no melhor, sempre vou alimentar esperanças. Fico sempre como um cachorrinho feliz, tentando manter uma postura natural quando estou explodindo de alegria por dentro por causa de um pouquinho de gentileza. Mas o que eu estou fazendo comigo? Eu valho tão pouco assim? Eu preciso tanto de migalhas?
Por que você simplesmente não me explica o que aconteceu? Seria muito mais fácil pra nós. Não vou brigar pela atenção de ninguém, e realmente descobri que minha própria companhia é muito boa. Consigo ficar só numa boa. Mas eu não vou abrir mão de mais nada.  E mesmo assim, ninguém nunca vai te substituir.