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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Olá ao adeus.

Adoro quando te vejo de longe e, mesmo sem enxergar, já leio no seu rosto um sorriso indiscreto, quase óbvio - o mesmo que está escandalosamente estampado nas minhas expressões. A nossa ansiedade ridícula faz o resto do mundo sumir e o coração se agitar num ritmo desigual e descompassado, como numa orquestra sem regente.
E vendo de perto o sorriso que está ainda mais aberto e sem graça, eu sinto meu coração derreter e escorrer pelas minhas veias, numa espécie de queimação gostosa, quase que um torpor consciente.
Entrelaço suas mãos nas minhas e conforme alterno entre carícias leves e passionais, nos amamos secretamente num código que só a gente entende.
Enfim sós, seus lábios tocam os meus e automaticamente sinto os meus sentidos me abandonando e meu corpo cedendo, o que me causa uma leve tontura prazerosa. Vou sendo conduzida por movimentos certeiros a um mundo paralelo onde só existe seu cheiro, seu gosto e o calor de sua pele.
Despertando do transe, abro um sorriso incontrolável, indicando que sou sua. Estou praticamente sem forças, mas qualquer risada sua me faz reviver instantaneamente.
Quando você se vai, enxergo nos seus olhos os meus pedindo pra ficar e fazer tudo de novo, sofrendo com a perda de uma esperançazinha de que aquilo iria durar pra sempre...
Mas nós sabemos que vai. Que, até nosso último suspiro, seremos uma alma só, completa e incessantemente apaixonada.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Agora mesmo.

Eu queria estar dançando,
só dançando com você.
Te guiar pela mão
Segurar firme pra não te perder.
Rodar pelo mundo todo
Pra mostrar pra todo mundo
que só eu amo você.

Mas enfim, quem é você?
Você me faz me perder em mim
E quando eu to assim, assim
Seu sorriso se espalha
E se ilumina.

Daí você vem me derretendo
a cada palavra, um batimento;
a cada hora, um sentimento;
a cada verso um clichê.

Mas você é bicho esperto e me engana
me leva e trás só de piscar.
Me faz de boba e me convence a ficar.

Me falta até rima pra te descrever.
Você me puxa até o sorriso que não quero dar.
É que eu sei muito bem
Que, mesmo se o mundo acabar,
Vou me forçar a sobreviver
Só pra continuar a te amar.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Só um olhar.

Hoje não vou ser óbvia. Não vou falar de amor. Não vou contar pra quem é próximo que estou triste. Nem vou dar indiretas. Não vou ser seca, nem fria. Vou agir normalmente, deixando levar, dizer o que der na telha. Se perceberem que estou fora do mundo e que minha felicidade está fora também - mas de cogitação,  ótimo. Vou me dar por satisfeita e ficar calada ou vou derramar rios de lágrimas. Mas não quero chorar as pitangas no ombro de ninguém (e também não quero usar aspas pra citar expressões populares).
Nem mesmo estou transcrevendo isso de um papel, como faço usualmente. Hoje, não estou interessada nem mesmo se alguém vai ler. Hoje estou aqui pra falar. Falar comigo mesma. Pra eu ler o que eu sinto. Pra desabar o peso de viver, pra esvaziar a água impura do corpo, pra sofrer tudo que eu tenho pra sofrer sem nem mesmo contar pra ninguém. Estou aqui pra colocar a pontuação que eu quiser, colocar vírgulas eternas, encher tudo isso de pontos final.
Estou aqui pra reclamar que ninguém percebe meus pormenores, minhas expressões, meus passos tortos. Vou reclamar porque sempre tenho que anunciar o quanto eu sinto e o que eu sinto. Vou cobrar do mundo que me vejam, que me sigam, que se importem. Conheçam-me, por favor. Saibam coisas sobre mim que nem eu mesma sei. Percebam meus mais sutis sinais, corram atrás de mim numa rua movimentada por perceberem que quando virei as costas eu não chorei - porque as lágrimas não vêm a mim com facilidade, mas que sofri por dentro, despedacei dolorosamente. Quero sentir do mundo essa vontade que tenho de curá-lo. Quero me sentir viva, quero voltar a viver, quero minha vida de volta...
Quero tudo girando à minha volta, quero parar de sentir culpa. Quero voltar ao mundo. Quero renascer. E não quero ajuda nenhuma pra isso, já me basta o tanto que sofro sozinha. Mas quero compreensão e um olhar significativo de quem entendeu tudo quando eu menos esperar.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Seu ritmo.

Sei que sou insistente, impaciente, confusa e tímida. Muitas vezes falo demais (embora eu fale de menos o que é importante), mudo de ideia uma, duas, mil vezes em um só dia, faço da sua vida um furacão pra ser depois sua única fonte de calmaria e aconchego. Mas é que sou, não romântica, mas uma intensa incorrigível e um amor assim é que me faz sentir viva. Quando então sou tomada por tristeza de saudade fico num misto de soluços violentos e sorrisos tolos. Então passo o dia a me lembrar e imaginar. Penso em você até dormir e como sempre meu coração só sossega ao se conformar da sua ausência.
Mas é só eu despertar e minha mente já desenha seu sorriso de estrela e eu fico irremediavelmente agitada. Os meus dias se arrastam entre atividades vazias e tediosas enquanto eu preencho meu tempo com a sua imagem, seu cheiro, seu som.
Sua presença quase sempre me faz alterar minha identidade e me arrepender de tudo o que eu digo e deixo de dizer. Faço tudo que não deveria e deixo de fazer minha maior vontade. Assim como em tudo, também sou intensa covarde e fujo de te fazer feliz por puro medo de nem sei o que. Mas a questão é que nunca fiquei tão nevosa, insegura e radiante com ninguém e lidar com novidades jamais será meu forte.
Você sempre age de forma transparente; é fácil te ler. Mas eu sou complicada e complexa, sei fingir. Então acabo me sentindo responsável por qualquer situação. Faço sim o tipo ridícula e melosa, mas como te explicar essa sensação constante de torpor e o coração acelerado? Como dizer o que é se sentir feliz só por você respirar? Como te provar que não é exagero e só realidade?
O amor é mesmo tão confuso e tão deslumbrante. É intocável e puro se é real, por isso é difícil de lidar. E eu, sempre tão esperta, estou de mãos atadas e embalada totalmente pelo seu ritmo.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Muito Breve Confissão

Espero que quando eu acordar tudo se repita. A lembrança de um sonho bom, o coração acelerando ainda na cama e seu rosto em minha mente, quase que ecoando como um som suave e risonho. Então eu coloco meus pés no chão, desanimada com a expectativa de mais um dia sem você, mas ansiosa com a expectativa de poder, enfim, uma hora te ver. Faço o que devo fazer; então saio pelas ruas ouvindo sempre que posso o som de sua voz, que eu sei que é pura invenção, mas me satisfaz por alguns segundos. Passo meu dia tendo momentos relapsos em que fixo meu olhar em algo desimportante enquanto assisto o filme de tudo que imagino e mais o que já vivi ao seu lado. Meu coração acelera e se aquieta como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Perco o fôlego às vezes só com flashes de você me olhando, você me sorrindo, você me gostando. Você me enlouquece o dia todo sem nem mesmo estar comigo e eu não vejo mais saída. Mas eu te amo, e é só isso que consigo pensar o tempo todo. Você é a única coisa no mundo que me faz me sentir como se tudo fosse dar certo. Você me faz feliz por existir e isso me preenche e me transborda de uma forma como ninguém pode imaginar.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Eu nem sei.


Ah, eu sei lá
Eu to tão estranha.
Me perco por aí
Nos pensamentos que me fixam
Em seu rosto.
Você sorri pra mim em todos eles.

Acho que eu to é perturbada,
Perdida num buraco sem mundo.
Eu ando triste e
Feliz e radiante;
Vou fazer minhas malas
Pra te ver.

Quando eu chegar
Arranca de mim esses suspiros,
Tira de mim essa bagunça
E continua a me deixar confusa -
De novo.

"É que eu preciso dizer que te amo"
O tempo todo, o dia todo.
Não dá mais pra esconder nada
Nessa minha cara lavada.
Não sei mais fazer-me de útil,
Eu deixo as mensagens subliminares,
Eu ando a esmo no "por aí" da mente.

Não quero ser repetitiva;
Mas sou.
Quero é você, aqui
Pra eu começar a pisar em terreno seguro.
E parar de arder tanto por dentro
Como se minhas sensações nunca tivessem fim.


terça-feira, 26 de março de 2013

Pelo meu caminho.

Daí eu to andando na rua e surpreendo a mim mesma sorrindo tolamente e com aspecto sonhador. Lembro-me então que, distraidamente, estive pensando em você e em tudo o que você diz - e disse ontem, principalmente.
Pensar tão claramente nisso me remete a imagem de seu sorriso e é aí que meu coração dispara como se protestasse para te ver.A saudade aperta e eu me sinto plena de felicidade e tomada por uma ansiedade torturante ao mesmo tempo.
O mais incrível é eu me surpreender tanto com essa situação que já se tornou cotidiana. Mas quando o amor  é tão grande assim é surpreendente mesmo.

terça-feira, 19 de março de 2013

Em pele de cordeiro.

 Eu disse a você que queria me afastar, que queria pensar, usando palavras firmes e seguras. Mas enquanto isso, lágrimas sem fim escorriam pelo meu rosto sem controle, lágrima frias como nunca vistas. Tenho certeza que essas lágrimas vinham de meu coração gelado que há muito não se aquece com nada que não seja seus braços. Você, como sempre, fingiu compreender. Acho que no fundo você sabe que isso é só uma fase minha, que eu não sou forte pra manter minha palavra.
Eu comecei a agir friamente pra não me envolver mais, pra que você pudesse se acostumar com a minha ausência e não se sentisse mal por mim. Pareceu fácil e natural falar com você como se você não fosse nada mais do que uma pessoa estranha, mas por dentro eu sentia punhaladas fortes. É, eu sangrava por dentro.
Eu podia sentir um sangue gelado correndo pelas minhas veias excessivamente e meu coração batia lentamente, porém a pulsação tinha uma força que machucava, assim como seu sorriso triste de despedida.
Eu lembrei de tudo que te fazia sorrir e de como eu era responsável por metade dessas coisas. Me lembrei o quanto eu era egoísta. Então me conformei. Eu sou doente. Não mereço você. Não tenho limites, entende? Amo demais, sufoco demais. E mudo muito de ideia, como se você fosse mais uma de minhas marionetes. Mas você não é, não dessa vez. Você é mais do que tudo que já se foi, mais do que eu um dia ousei sonhar.
Eu não tenho controle sobre o que está acontecendo, eu sinto medo e eu sei que ninguém poderá me compreender. Eu não durmo, eu não como, eu não vivo. Eu me perco em pensamentos que me perfuram.
E você? Ainda acredita que eu seja como antes? Eu sou deformada, meu bem. Sou um monstro adormecido em pele de cordeiro.
E o que era tanto amor está se transformando em obsessão, está me fazendo virar algo entre uma maníaca e uma psicopata. Sou falsa, minto, dissimulo, me desvio e despejo tudo que é real em você depois. Vivo por viver, porque sei que se eu morrer até as mais vagas esperanças somem.
Não espero que me entenda. Mas espero que me espere. Tenha certeza que sofro muito mais que você no momento e já me arrependi de ter lhe pedido pra esperar.
Quando eu voltar pra você, não estarei nem um pouco mais entendida sobre mim mesma. É bem possível que eu esteja mais confusa, mais gelada e mais triste. Mas eu saberei que pelo menos eu tentei. E espero também que aceite meu amor doentio, nem que seja por dó ou piedade.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Esse é pra você entender.

Eu não sei porque faço isso. Eu só sei escrever sobre você, pensar em você, amar você. Mas quando eu me machuco com meu próprio egoísmo, eu magoo você.
Eu sei que você precisa de mim e que é totalmente inocente, mas mesmo assim fico possuída por um ciúme doentio que vai me matando por dentro e acaba me fazendo te matar também. Eu começo a me sentir sozinha, inútil, insuficiente. E que tipo de amor é esse? Você não é um enfeite de prateleira que eu posso pôr numa redoma de vidro e esconder do mundo.
O Pequeno Príncipe, por tanto amor à sua flor, tentou a proteger de tudo sem nem saber que ela mesma poderia se defender. E, no fim das contas, mesmo livre, a flor continuou a amar o Pequeno Príncipe como sempre.
Mas eu sou mesmo egoísta! Como eu posso amar tanto e desejar apenas coisas que são convenientes para mim? Eu daria mesmo minha vida por você? Será que eu teria o mínimo de coragem de abandonar meu ego pelo amor que eu sinto? Ou será que eu sinto tanto amor só para massagear meu ego? E, sendo assim, por que eu teria algum direito de exigir que você fizesse algum sacrifício por mim?
Eu ganho muito de você e retribuo da forma errada. Eu preciso muito mais de você do que você precisa de mim, e isso me ofende. E é assim que eu vou te machucando pouco a pouco, fazendo isso só para chamar atenção, arruinando sua bondade de relevar meus milhões de defeitos só pra ter um pouco desse meu amor venenoso.
Você, por agora, somente ignora minha frieza e sofre sozinha, sendo sempre doce e gentil pra fingir que nada está acontecendo. Você não me entende; e nem tem como, mesmo. Faz de conta que está tudo bem e me manda um beijo e um boa noite. Diz que me ama e chora sozinha por ter que arcar com seu próprio sofrimento mais o que eu te proporciono. E eu te somo dor ao invés de subtrair.
Não gosto de ferir corações bons, mas isso é só o que eu faço pra me manter viva. O amor não dói; amor de verdade cura. Mas eu, eu só venho pra machucar, ferir, desgastar, pisar, sugar. Eu não valho seu esforço de me amar, pois nem eu mesma me amo direito. Parece que meu eu já percebeu que não sou digna de nada.
Sua inocência uma hora vai dar um basta, vai cansar. Nessa hora você vai entender quantas voltas você deu em volta de mim e nem saiu do lugar. Então eu, nessa tentativa de segurar o fel dentro de mim e te ter presa e por perto, vou ter te afastado em uma tacada só.
Escrevo tudo isso de forma bem simples, desesperada e explícita (quase me arrisco à dar nome aos bois) que é pra você poder entender.



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Só pra constar.

Já pensou se tudo que a gente fizesse separado a gente pudesse fazer junto?
Caminhar de casa até o trabalho, ouvir música, assistir seriados, fazer panquecas, fazer brigadeiro, andar de patins, chorar, dar muitas risadas, enfrentar o mundo,  fazer vestibular, tirar fotos, brincar com o  google tradutor, ler livros, caminhar do trabalho até em casa, comprar pão, fazer café, ter insônia, beber Toddynho (esse, na verdade, eu prefiro não dividir), sentir saudade, fazer danças estranhas, decorar letras de música, aprender coisas, arrumar o cabelo, escolher uma roupa, dormir, devanear, tomar chuva, lidar com gente difícil, ver gente engraçada no ônibus, aprender coreografias, chorar ao assistir Titanic, sair, continuar, sorrir, viver, estar.
Eu imagino como minha vida seria escandalosamente feliz.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Tempos

Eu tenho aquele meu tudo aquilo que é tudo que me faz chorar. Fica tudo bem guardado e escondido, bem longe do alcance humano, sendo o humano próximo ou não. Minha fragilidade nunca está em exposição e nem prateleirada. Mas de tempos em tempos ela tem vontade de ser livre e vai tentando escapar de pouquinho, tomando conta de mim conforme o dia vai cedendo à noite e conforme eu vou cedendo à ela.
Quando me dou conta já estou com aquele engasgo, aquela mágoa e aquela solidão. Minha memória se torna elefântica de uma hora pra outra, trazendo a tona meu Limbo. Sinto-me como fechada entre quatro paredes sem nenhuma janela e mais sozinha do que nunca. Cada vez que isso acontece é pior que a anterior pois há mais desses pesos acumulados.
Eu só queria fugir, queria que você vivesse só pra me amar e que amasse só a mim, queria me entender... Ah, me entender! Não sei mais nada, tem dias que nem mesmo consigo me lembrar se ainda gosto de mim. Tudo que eu quero é me sentir preenchida, mas parece que cada vez mais me tiram o recheio.  Eu queria ser tantas coisas, fazer tantas coisas e não tenho coragem de nem mesmo admitir que queria fazê-las. Afinal, por que as coisas são tão difíceis? Será mesmo que sou eu que as complico ou o curso do mundo simplesmente é injusto?
É tão difícil seguir vivendo sem objetivo e sem perspectiva. Tudo parece estar razoável e certo, mas nada está feliz. Tudo é cinza, sem graça, raso. Tudo é vazio e dentro de mim está tudo cheio até demais, prestes a transbordar.
Eu simplesmente não me encaixo ao mundo que vivo, ao frenesi que cerca as pessoas felizes. Eu fico a assistir repetidas cenas clichês de abraços, beijos e sorrisos e todos me aconselham a buscar aquilo que vejo. Mas eu não quero, eu fujo, eu desvio daquilo porque eu sei que aquilo não serve pra mim.
Eu preciso de você e eu conversando até tarde e rindo de coisas que não tem a mínima graça. Eu preciso que o mundo pare de querer entender o que eu sinto e aceite qualquer forma de amor, eu preciso de menos julgamento e mais coração aberto. Eu preciso de caminhos pra sonhos e não de padrões de vida mundana. Eu preciso de esperança de que tudo vai dar certo e, mais do que tudo, preciso de apoio.
De tempos em tempos eu odeio tudo o que tenho e tudo que me atrapalha. E esses tempos estão, na verdade, sempre dentro de mim, mas eu os seguro pra poder estar de pé pra você.