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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mais ao Beija-flor, um pouco a menos a um quase menor.




-Eu sou (quase) poeta e não aprendi a amar.


Nosso amor foi tão pelos outros
Que não sabíamos ser nós mesmos.
Talvez seja aí  que cometemos
O maior de nossos erros.
Penso que se fosse hoje
A coisa poderia ter sido melhor,
Mas não é só você que desconhece
As circunstâncias confusas do amor.
É como um mestre da melancolia dizia
Talvez, sobre o jeito que amou:
"Agimos certo sem querer,
Foi só o tempo que errou."
Mais certo ele não poderia estar,
Que o tempo em que acontece
É crucial para o amor vingar,
Afinal, falamos de indivíduos
Que pela vida vão mudar
E depois relatam poetizando
As mudanças que só fazem estragar.
Mas não me arrependo da forma que acabou
Pelo menos a mágoa esse amor não deixou.
Espero encontrá-lo em algum outro lugar
Com outra pessoa, outro amar.
E o meu Beija-flor um ninho sempre terá
Num grande espaço no meu coração,
E lhe desejo a felicidade que eu não pude dar
A felicidade dos amantes, a que se chama paixão.


Estou tão sensível e tão fria. Tão tombada a ceder, porque a cada dia sinto menos. E isso me incomoda, porque sentir tem sido minha unica distração nessa tempestade. Quero ser como você gostaria que eu fosse, quero ser pra você aquilo que você não espera. Queria sentir o mesmo, mas está muito frio aqui dentro.

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