Preencho os espaços vazios na minha cama; cobertores, livros, flores. Coisas macias, pensamentos duros. Só pra fingir que você ta ali, logo ali atrás, à distância de um virar de olho, de uma respiração mais profunda pra ouvir um "que foi, amor?", de um virar pra abraçar e colocar a cabeça em seu pescoço pra dormir sentindo seu cheiro doce...
Ao me levantar, passo o dia preenchendo espaços deixados pela sua ausência: um bom dia aqui, um abraço ali, um chocolate pra suprir carências acolá... preencho o dia todo pra que chegue logo a noite vazia de novo. E assim, indo desse jeito meio capenga, os dias vão se arrastando ocos pra que chegue logo um novo momento de me encher de você.
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